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Enviados do governo Trump foram recebidos em Brasília por técnicos do Ministério da Justiça

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Participaram da reunião sete técnicos em nome do Ministério da Justiça e sete enviados pelos EUA Participaram da reunião sete técnicos em nome do Ministério da Justiça e sete enviados pelos EUA • Geraldo Magela/Agência Senado

 

Representantes do governo Donald Trump reuniram-se com técnicos do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) da gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta terça-feira (6) e ouviram que, para o Brasil, facções como Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC) não podem ser classificadas pela legislação do país como organizações terroristas, e sim como criminosas.

 

 

 

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Os norte-americanos estão nesta semana no Brasil para uma série de reuniões em Brasília. Uma das pautas é a questão do enfrentamento a organizações criminosas e terroristas e acordos de cooperação internacional entre os países.

 

Nos Estados Unidos, a gestão Trump tem buscado enquadrar grupos criminosos latino-americanos em atividades que, pela legislação local, podem ser associadas ao terrorismo. Isso ocorre, por exemplo, com a venezuelana Tren de Aragua.

 

Os técnicos norte-americanos disseram aos brasileiros que defendem a classificação de organizações criminosas transnacionais como terroristas e citaram nominalmente PCC e CV.

 

No entanto, os coordenadores do MJSP explicaram que, pela legislação do Brasil, isso não ocorre, pois a atuação das facções não envolve crime de ódio ou religioso, mas sim a obtenção de lucro por meio do tráfico de armas e de drogas.

 

Na véspera, a comitiva dos EUA havia recebido do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) um dossiê elaborado pelas Secretarias de Segurança Pública do Rio de Janeiro e de São Paulo, que relaciona as atuações das facções CV e PCC ao terrorismo, tendo como exemplo vínculos com o Hezbollah.

 

Outra preocupação apontada pelos representantes da gestão Trump foi a questão da imigração, bandeira do presidente republicano neste segundo mandato na Casa Branca.

 

Participaram da reunião sete técnicos em nome do Ministério da Justiça e sete enviados pelos EUA.