Nide Maahs foi até a Câmara de Vereadores depois de briga com a esposa

Piên em Notícias•fevereiro 12, 2025

A população de Piên e região aguarda aflita pela confirmação de quem foi o autor do assassinato brutal da dona de casa Josicler Pieckocz, esposa do ex-vereador Leonides Maahs, popularmente conhecido em Piên como Nide Maahs. O crime, que chocou mais uma vez o município de Piên, ocorreu no início da tarde desta terça-feira.

Informações não confirmadas pelas autoridades de segurança apontam que o ex-vereador e próprio marido da vítima está preso e é suspeito de ser o autor do crime.

No final da tarde desta terça-feira a reportagem do Piên em Notícias esteve no local do crime, no bairro Gramados. Segundo relato de vários vizinhos, Josicler gritou muito e pediu por socorro antes de morrer. “Porém, a gente pensava que se tratava de uma briga de casal, e por isso não nos metemos. Pouco depois das 13h30, houve uma briga muito grande dentro da casa. Depois disso, o Nide saiu da casa e logo em seguida o pedreiro também saiu”, contou uma das pessoas da vizinhança que conversou com nossa reportagem.

Depois da briga generalizada dentro da casa, em uma espécie de recanto que Nide vem construindo no bairro Gramados, próximo ao Centro, Nide pegou seu carro e se dirigiu até a Câmara de Vereadores. Fontes contaram ao Piên em Notícias que Nide parecia nervoso e que comentava que sua mulher estaria em casa sozinha com o pedreiro. Depois de sair da Câmara de Vereadores, a notícia da morte da mulher começou a se espalhar Piên a fora.

Até o momento a Polícia Civil não se manifestou sobre a ocorrência, mas sabe-se que alguns moradores da vizinhança do local do crime foram levados até a Delegacia de Polícia Civil de Rio Negro, Comarca de Piên, para prestar depoimentos. Os boatos que circulam nos grupos das redes sociais e WhatsApp em Piên apontam que algumas pessoas confirmaram que Nide Maahs, juntamente com o pedreiro, que aparentemente está foragido, foram os autores do crime bárbaro.

Os vizinhos da pequena chácara de Nide Maahs estão aterrorizados com as cenas de horror que presenciaram na tarde desta terça-feira. “Os gritos da mulher eram aterrorizantes. Eles ficaram tempo discutindo e em seguida deu pra ouvir as coisas quebrando dentro da casa. Ela pediu muito por ajuda, gritava por socorro. Deu para ouvir até a coitada agonizando depois que eles mataram ela”, contou outra testemunha ao Piên em Notícias.

Caso Loir Dreveck

 Em Piên grande, parte da população está chocada e perplexa tendo em vista que Nide Maahs foi uma das pessoas que foram inocentadas e absolvidas em Tribunal do Juri ocorrido em 2022, no Fórum de Justiça de Rio Negro, no caso do assassinato brutal do prefeito eleito em 2016, José Loir Dreveck, inclusive a trama criminosa para matar o prefeito resultou na morte de outra pessoa, o técnico em segurança do trabalho Genézio Almeida, morto por engano por ter sido confundido com Loir.

Inclusive Nide teria ido à Câmara de Vereadores na tarde desta terça-feira, para falar sobre sua tentativa em conseguir uma indenização do Poder Legislativo de Piên, por ter perdido o cargo de vereador na época do assassinato de Loir Dreveck, período em que a Câmara era presidida por Nide Maahs. Como ele fora inocentado pelo Tribunal do Juri e absolvido pela Justiça de Rio Negro, Nide vinha tentando processar a Câmara para reaver o dinheiro referente ao mandato de vereador que ele acabou perdendo por faltar consecutivamente 120 dias no exercício de seu mandato de vereador. Ele faltou nas sessões da Câmara porque estava preso na Penitenciária Central do Paraná, em Piraquara, de onde meses depois foi beneficiado com um pedido de Habeas Corpus e acabou sendo solto junto com todos os outros suspeitos de participação na morte de Loir Dreveck e Genézio de Almeida, ambos mortos com vários tiros na cabeça.

Investigações

Na noite de ontem,11, a reportagem do Piên em Notícias chegou perto da casa onde Josicler foi morta brutalmente. No local estavam agentes da Polícia Civil, Polícia Miliar e agentes do Instituto Médico Legal (IML). Peritos criminais permaneceram durante horas dentro da residência coletando evidências e tirando fotos da cena do crime. O local foi isolado e a Polícia não permitiu que ninguém chegasse perto da residência.