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Taxa de juros chega a 14,75% após sexto aumento seguido

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Banco Central divulgou o acréscimo de 0,5% à taxa de juros nesta quarta-feira (7); este é o segundo aumento na gestão de Gabriel Galípolo, indicado por Lula

Reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasill, em janeiro de 2025 – Foto: Raphael Ribeiro/Banco CentralNesta quarta-feira (7), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) aumentou a taxa de juros de 14,25% para 14,75%.

 

O acréscimo de meio ponto percentual é a sexta elevação consecutiva da Selic e essa é a maior taxa de juros no Brasil desde de 2006.

 

A expectativa do mercado, aferida pelo Boletim Focus, já indicava este novo aumento nos juros. O Copom apontou um cenário externo adverso e incerto, influenciado principalmente pela política comercial dos Estados Unidos.

 

Segundo o Comitê, a instabilidade nas relações comerciais globais gera efeitos desiguais na inflação mundial e eleva a volatilidade nos mercados. Por isso, é necessário cautela adicional dos países emergentes, especialmente diante de tensões geopolíticas.

 

No cenário interno, o Banco Central observou sinais de desaceleração no crescimento da economia, ainda que o mercado de trabalho siga aquecido. A inflação segue acima da meta e as projeções para 2025 e 2026, de 5,5% e 4,5%, também estão fora do alvo.

 

Diante desse contexto, o Copom alertou para riscos elevados de alta na inflação, incluindo a desvalorização do real. O dólar abriu em alta nesta quarta-feira (7) com a expectativa do anúncio da Selic.

 

Por outro lado, o colegiado reconheceu possíveis fatores de alívio, como uma desaceleração econômica mais forte ou queda nas commodities. Apesar de parecer negativo, a desacelaração econômica habitualmente é acompanhada do processo de desinflação dos preços.

 

Taxa de juros sobe pela sexta vez consecutiva

Reforçando a postura cautelosa, este foi o sexto aumento seguido na Selic. O primeiro aumento deste período foi em agosto de 2024. Na ocasião, a taxa de juros passou de 10,50% para 10,75% e sofreu novo acréscimo de 0,5% dois meses depois.

 

Desde então, nas três reuniões seguintes, o aumento na taxa de juros foi de um ponto percentual a cada encontro do Copom. Nesta quarta-feira (7), o colegiado ajustou o acréscimo novamente para 0,5%.

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